Fullmetal Alchemist - O Filme: O Conquistador de Shambala
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4 Críticas do usuário 4q594b

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Lucas Rodrigues
Lucas Rodrigues

13 seguidores 149 críticas Seguir usuário

3,5
Enviada em 8 de fevereiro de 2025
Lançado em 2005, Fullmetal Alchemist the Movie: Conqueror of Shamballa (conhecido no Brasil como Fullmetal Alchemist: Conquistador de Shamballa) serve como uma conclusão da série Fullmetal Alchemist de 2003, oferecendo uma resolução para os eventos que encerram o anime, além de expandir e explorar o universo de Amestris e o mundo real de forma inusitada. Dirigido por Seiji Mizushima, o filme segue os irmãos Elric após os acontecimentos trágicos do final do anime, apresentando um enredo que transita entre o mundo fictício da alquimia e um contexto histórico que reflete o período entre as duas Guerras Mundiais. Ao unir temas de ciência, esoterismo e os sacrifícios individuais dos protagonistas, o filme consegue proporcionar uma reflexão sobre os limites do conhecimento humano e a busca incessante pelo poder. Entretanto, ele também deixa um legado de ambiguidade narrativa e divisões entre os fãs da franquia.

O enredo de Conqueror of Shamballa se a em 1923, dois anos após os eventos do anime de 2003. Edward Elric, após ser transportado para o mundo real (nosso mundo), é encontrado e contratado por um misterioso cientista chamado Dante, que possui planos sinistros envolvendo alquimia e a manipulação de dimensões. Paralelamente, seu irmão, Alphonse, permanece em Amestris, lutando para encontrar uma maneira de retornar ao mundo real e reunificar-se com seu irmão. A história se desenvolve à medida que os dois irmãos buscam soluções para seus respectivos dilemas, com temas como a busca por um “paraiso” ou o retorno à realidade sendo abordados de maneira crítica e filosófica.

O filme oferece um enredo intricado que mistura elementos do misticismo esotérico com a realidade histórica, mais especificamente a ascensão do nazismo na Alemanha, representado por figuras como Adolf Hitler, que desempenham um papel importante no enredo. Ao transitar entre os mundos de Amestris e o nosso, o filme consegue dar continuidade à história dos irmãos Elric, mas também lança novas questões existenciais sobre o papel da humanidade em um universo regido por forças cósmicas.

Do ponto de vista narrativo, o filme pode ser considerado uma continuação que foge ao que os fãs poderiam esperar após a conclusão do anime, ao introduzir novos conceitos como a ideia de um “portal para o outro mundo” e a interação com eventos históricos reais. No entanto, a combinação de ciência, alquimia e história se mostra complexa demais para uma obra que precisa manter um ritmo fluido e coeso, o que gera um certo distanciamento para o espectador, principalmente para aqueles que buscam uma conclusão mais simples e direta.

Como o filme de 2005 é uma continuação direta do anime de 2003, a maior parte da atuação vocal segue a mesma equipe de dubladores do anime original. O desempenho de Romi Paku (Edward Elric) e Rie Kugimiya (Alphonse Elric) continua sendo um dos pontos altos do filme, com suas performances de alta carga emocional, que transmitem de forma eficaz a angústia e o desespero dos irmãos Elric em busca de uma maneira de se reunir.

A atuação dos outros personagens também merece destaque, especialmente a de Takahiro Sakurai, que reprisa seu papel como Lust e dá uma nova camada ao vilão, agora atuando em um contexto mais sombrio e de ambição transcendental. A interpretação de Ichirō Nagai como o cientista Dante é igualmente eficaz, pois transmite a imersão de um personagem aparentemente “neutro”, mas que carrega ambições que vão além do humano.

A dublagem e os diálogos possuem o mesmo nível de entrega emocional que o anime de 2003, capturando perfeitamente a dinâmica entre os personagens. A atuação vocal consegue manter a coerência com o tom sombrio e trágico do filme, contribuindo para a imersão do espectador no dilema existencial que permeia toda a obra.

O roteiro de Conqueror of Shamballa apresenta uma estrutura que mescla o legado da série com uma narrativa de aventura e ficção científica. O grande mérito do roteiro está em como ele aborda questões como o conflito entre o desejo de poder absoluto e o preço de tais ambições. A introdução de uma figura como Dante, que tenta manipular a alquimia para abrir um portal para um “outro mundo”, permite ao filme explorar temas como o misticismo e o conceito de dimensões paralelas, muito presentes na literatura esotérica e científica.

No entanto, a escrita de Conqueror of Shamballa também apresenta algumas falhas, particularmente na forma como lida com a transição entre os mundos de Amestris e o mundo real. O filme não oferece explicações detalhadas o suficiente sobre como a alquimia interage com a nossa realidade, o que pode causar confusão no espectador. Embora o roteiro aborde questões filosóficas e científicas de maneira envolvente, ele não se aprofunda tanto quanto poderia na explicação dos eventos históricos e das relações entre os personagens, o que enfraquece um pouco o impacto da trama.

Além disso, o ritmo do filme pode ser um problema, já que a transição entre a ação e as partes mais reflexivas é feita de forma abrupta. Alguns momentos de introspecção e tensão dramática são intercalados com sequências de ação rápidas, que podem quebrar a imersão do espectador.

A cinematografia de Conqueror of Shamballa é eficaz, mas não se destaca tanto quanto em outras obras do gênero. A direção de arte e o design de personagens são consistentes com o estilo visual do anime original, mas o filme não arrisca em grandes inovações visuais. As cenas de ação são bem coreografadas, mas com um uso moderado de animação 3D, o que, em alguns momentos, pode prejudicar a fluidez da animação e a estética visual geral. No entanto, as cenas mais dramáticas e introspectivas têm uma boa composição visual, utilizando sombras e iluminação de forma a intensificar o tom emocional da obra.

A animação no contexto das transições entre os dois mundos — o de Amestris e o nosso — é feita de forma interessante, embora um tanto confusa. As cenas que representam o portal de Shamballa e a interação entre os dois mundos são visualmente intrigantes, mas falta uma explicação clara para que o espectador se sinta totalmente imerso no conceito proposto.

A música, composta por Michiru Ōshima, continua a ser um dos pontos altos, complementando de maneira eficaz a atmosfera do filme, e ajudando a definir o tom emocional e dramático das cenas, especialmente nas transições entre o desespero e a ação.

O final de Conqueror of Shamballa é uma conclusão lógica para os eventos do anime de 2003, mas não deixa de ser polarizador. Enquanto oferece uma resolução para o dilema dos irmãos Elric, retornando à sua jornada de reencontro e sacrifício, o final também é carregado de ambiguidades que podem frustrar os espectadores que esperavam uma conclusão mais definitiva ou otimista.

A luta de Edward contra Dante culmina em uma transição emocionante e simbólica, onde ele se reconcilia com sua própria natureza humana, mas o sacrifício final, que envolve a perda de sua própria existência no mundo real, levanta questões sobre a identidade e a limitação do ser humano. O fato de que o final é sombriamente aberto, com elementos não resolvidos completamente, pode ser visto como uma maneira de refletir a própria ideia do anime sobre o ciclo interminável de perdas e ganhos.

Fullmetal Alchemist the Movie: Conqueror of Shamballa é um filme que, embora esteja em consonância com o tom e os temas do anime original de 2003, apresenta uma abordagem mais complexa e filosófica, que pode tanto atrair quanto repelir os fãs. O enredo ousado, que mistura elementos históricos e místicos, oferece uma nova perspectiva sobre o universo de Fullmetal Alchemist, mas a sua complexidade e os elementos confusos podem diminuir o impacto para aqueles que buscam uma resolução mais simples.

A atuação vocal continua sendo um ponto forte, enquanto o roteiro, apesar de ambicioso, peca em algumas explicações e transições narrativas. A cinematografia é eficaz, mas não se destaca de maneira significativa, e a música, como esperado, complementa perfeitamente o tom da obra. O final, por sua vez, mantém a continuidade do anime com uma conclusão emocionalmente intensa, mas também deixa um legado de ambiguidades que é tanto um ponto positivo quanto negativo, dependendo da expectativa do espectador.

O filme de 2005 é uma adição valiosa para os fãs do anime de 2003, mas sua complexidade narrativa e os elementos não resolvidos podem dificultar a apreciação para alguns.
Adventure
Adventure

2 seguidores 20 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 4 de julho de 2018
Pode não ser tão forte como filme. Mas como fim de uma série, é perfeita! (Quase) Tudo que a série clássica deixou em aberto, esse filme fecha e bem fechado. A animação nunca esteve tão boa e as lutas nunca foram tão dinâmicas
Natan
Natan

8 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 17 de janeiro de 2021
Um final incrível para uma das melhores obras que já vi! Apesar de muitas pessoas não gostarem tanto do Fullmetal Alchemist clássico é inegável falar que ele não é bom, apesar da versão de 2009 realmente ser superior ele não fica atrás e o filme encerra a história com chave de ouro, simplesmente magnífico!
Adriano Rafacho
Adriano Rafacho

1 crítica Seguir usuário

4,5
Enviada em 3 de setembro de 2020
Pra mim o filme é uma ótima conclusão, por mais que a ideia dos mundos paralelos, da alquimia, e da tecnologia( mundo real), fogem da ideia da autora, gostei muito da ideia, acho o FMA 03 e filme mais profundo que o Brotherhood, gosto muito da temática do filme, trilha sonora e como se concluiu.
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