Vamos recapitular: a Dreamworks nasceu nos anos 90 e sempre andou um o atrás da Pixar até que o século virou e, puf!, eles emplacaram uma série de produções bem sucedidas nos anos 2000 (como Shrek, Madagascar e Kung Fu Panda). Desde então, a Dreamworks procura unir sua veia cômica (por vezes quase irônica) a histórias mais sensíveis e comoventes (caso de Como treinar seu dragão e A origem dos guardiões). Eis que tcha-nã! Chegamos a Os Croods, um filme que conta a história de uma família “das cavernas” que precisa enfrentar os perigos impostos pela mãe natureza para sobreviver e, ainda, encarar todas as coisas novas e inesperadas que não param de aparecer em suas vidas sem nenhuma noção de como lidar com aquilo.
A família dos Croods tem seis membros: o pai extremamente zeloso e preocupado com a segurança da família; a mãe que se vira pra manter a família equilibrada; a avó rabugenta; o filho bobalhão; o bebê-quase-monstro; e a adolescente rebelde, que é quem “conta” a história. A rotina da família se limita a sair para caçar (o que é sempre uma aventura) e voltar correndo para a caverna antes do anoitecer, pois depois que “a luz vai embora” é tudo muito perigoso e todos podem morrer se continuarem lá fora. Eep, a adolescente, um dia sai da caverna à noite atraída por uma luz misteriosa e encontra Guy, um mocinho bonitinho e que, vejam só, sabe fazer fogo! O que mais uma garota pode querer, não é mesmo? Pois bem, o Guy fala pra Eep que o mundo tá acabando e que eles precisam ir para o alto de uma montanha distante para se salvarem. Quando Eep é encontrada pelo pai e conta sobre Guy à sua família, ninguém, é claro, dá muita bola até que um terremoto destrói a caverna dos Croods e eles não têm outra alternativa que não seguir o moço.
É aí, naturalmente, que a aventura começa. É um roteiro previsível com final óbvio, como a maioria das animações. A graça, contudo, está na semelhança dos Croods com as famílias de hoje e em cada situação em que você consegue enxergar um membro da sua própria família em um dos personagens. Junte a isso um desbunde visual bem colorido e bonito e pronto: você tem um filminho bem bacana pra curtir e relaxar por algum tempo – e como a gente precisa desses momentos de descontração tranquila, não é mesmo?