Dor, dor física!
Vou ser sincero, há momentos que você tem vontade de se esconder embaixo da mesa de tanta vergonha alheia, atuações risíveis e um roteiro ainda pior, você se pega encarnando o dublador de "The Flash" e dizendo "olha que diálogo merda" várias vezes durante essa película cinematográfica, mas, acredite ou não, o filme é tão ruim que eu consegui me divertir assistindo, não por mérito é claro, mas, pelo seu demérito, eu ria comigo mesmo e por isso ele não recebeu um zero pra mim, se me fez sentir algo, mesmo que pena pelo potencial desperdiçado, já valeu.
Aliás, alguns momentos a cinematografia tenta ser inspirada, apresentam lindos takes, bem enquadrados e contemplativos, apenas para logo em seguida se perderem na falta de foco e no enredo arrastado. Esse é apenas um dos sintomas de um dos grandes problemas do filme, que é a dissonância do tom, hora tenta ser "engraçadinho", outra insiste em colocar um filtro ciano que deixa tudo com um ar fúnebre e depressivo. Se ele não se agarrasse em ser um drama forçado e fosse de vez para a comédia romântica, poderia ser um dos top filmes nacionais, com certeza. Da para ver que o ator principal se esforça e faz o que pode com as limitações do roteiro que tem, e por fim, a beleza da Cleo Pires não é suficiente para fazer o espectador esquecer que ela não entrega nada emocionalmente na atuação.
A única chance de você sair feliz vendo esse filme, é realmente levar no bom humor, junte um ou dois amigos mais próximo, algumas bebidas e tirem sarro do roteiro e das atuações, certeza que você sairá feliz, porque motivos para isso não faltará.