A Noiva do Deserto: Críticas 28355i

A Noiva do Deserto é uma poética obra que transpira carinho, respeito e compaixão, dirigida por duas mulheres, Cecilia Atán e Valeria Pivato (também roteirista), se vê o toque feminino delicado a cada momento. Depois de trinta anos trabalhando como doméstica para uma mesma família, Teresa (Paulina Garcia) perde o emprego e é obrigada a uma mudança repentina para uma cidade distante. A viagem é interrompida quando o ônibus quebra em um pequeno vilarejo e Teresa a espera de outra condução, cria um vínculo momentâneo com um camelô de muita lábia, chamado Gringo (Claudio Rissi) que comercializa produtos em seu ‘trailer’. Teresa perde a mala nesse ‘trailer’, e depois de procurar por Gringo em todo o vilarejo, roda bons trechos à procura de seu único pertence. Logicamente tudo é um artifício do astuto Gringo, que se encantou por Teresa e quer fazê-la ar mais tempo em sua companhia. As diretoras se valem de um “cinema mínimo”, para extrair um desempenho extraordinário de Paulina Garcia e Claudio Rissi que possuem uma química perfeita. A trilha sonora minimalista de Leo Sujavich alicerça essa obra artística aparentemente tão pequena e, ao mesmo tempo, grandiosa em sensibilidade. Um maravilhoso haicai do cinema produzido em uma integração entre Argentina e Chile.

Muito bom! Encontros e desencontros, ilusões povoando o deserto da vida de uma senhora recém desempregada. Um pequeno road movie, simples e encantador.