Wallace & Gromit - A Batalha dos Vegetais
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Kamila A.
Kamila A.

7.801 seguidores 813 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 22 de novembro de 2015
Antes mesmo de estrelarem o seu primeiro filme, a dupla Wallace e Gromit já era muito famosa, pois eram os astros de curtas de animação que foram premiados com o Oscar na década de 90. Apesar disso, o projeto do filme com a dupla foi constantemente adiado pela produtora Aardman. Veio, então, o excelente A Fuga das Galinhas (que chegou, inclusive, a ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme de Comédia ou Musical em 2000), mas só em 2005, é que estreou nos cinemas de todo o mundo Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais, dos diretores Nick Park e Steve Box.

No filme, Wallace e Gromit trabalham como exterminadores de pragas. Seus alvos principais são os coelhos, que causam um verdadeiro furor nas plantações e acabam com os vegetais gigantes que são cultivados para concorrer na feira anual de legumes gigantes promovida por Lady Tottington (dublada por Helena Bonham Carter). Nas horas vagas, cada um deles se dedica ao seu atempo favorito: Wallace gosta de inventar bugigangas, enquanto Gromit gosta de cultivar vegetais, especialmente um pepino gigante, que ele espera que lhe dê o primeiro lugar no concurso anual de legumes gigantes.

Uma das últimas invenções de Wallace é um aparelho capaz de modificar mentes. Em meio à proximidade da feira anual de legumes gigantes e à preocupação com o apetite voraz dos coelhos, Wallace tem a ideia de modificar as mentes dos coelhos, ou seja, ele irá fazer uma lavagem cerebral nos animais incutindo neles a ideia de que comer vegetais é ruim. É óbvio que algo dará errado e, da lavagem cerebral de Wallace, nascerá um monstro que irá destruir todas as plantações da cidade e que ganhará o nome de “Coelhosomem” – uma praga, portanto, muito diferente da que Wallace e Gromit costumam enfrentar.

É a partir deste momento que Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais deixa de ser um filme agradável somente para as crianças, para se tornar um filme atraente para os adultos. Ao mostrar a história do homem que se transforma em monstro instalando o caos pela cidade, o filme flerta com películas como Hulk e histórias como a de O Médico e o Monstro; e ao retratar o “Coelhosomem” salvando a mocinha do vilão Victor Quatermaine (dublado por Ralph Fiennes) e desistindo de fazer o mal, o filme lembra King Kong.

O resultado é um filme inteligente, inocente, engraçado e bobo nas medidas certas; e que impressiona pelo domínio da técnica de animação com bonecos em massa – especialmente nas sequências de ação - e que acabou vencendo o Oscar 2006 de Melhor Filme de Animação.
Victor N.
Victor N.

55 seguidores 104 críticas Seguir usuário

3,0
Enviada em 11 de agosto de 2013
Bom filme de animação um dos melhores se tratando de massinha. Mas eu sou meio suspeito para falar desse filme, fazer o que eu amo Stop- Motion.
Lucas Rodrigues
Lucas Rodrigues

13 seguidores 146 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 9 de março de 2025
O enredo de A Batalha dos Vegetais (The Curse of the Were-Rabbit) é uma mistura inteligente de comédia, aventura e paródia de filmes de terror clássicos, como O Lobisomem. A trama gira em torno da dupla Wallace, um inventor excêntrico, e Gromit, seu cão silencioso e sagaz, que istram um serviço de controle de pragas em uma vila obcecada por um concurso de vegetais gigantes. A introdução de uma máquina de "lavagem cerebral" para coelhos — que acidentalmente transforma Wallace em um monstro vegetívoro — serve como catalisador para explorar temas como ética científica e consequências não intencionais do progresso. A narrativa equilibra humor físico (como as trapalhadas de Wallace) com suspense, enquanto critica sutilmente a obsessão humana por competição e perfeição. A subplot romântica entre Wallace e Lady Tottington, e a rivalidade com o vilão Victor Quartermaine, acrescentam camadas de conflito, embora o foco permaneça na dinâmica central da dupla protagonista. A trama, embora previsível em sua estrutura de "herói acidental", brilha na execução, usando tropos de horror de forma lúdica, como a cenoura dourada transformada em arma.

A dublagem é um pilar essencial do filme. Peter Sallis, como Wallace, encapsula a ingenuidade e o otimismo britânico, com uma entonação que oscila entre o cientista distraído e o romântico desastrado. Helena Bonham Carter, como Lady Tottington, traz uma doçura excêntrica, contrastando com a voz afetada e pomposa de Ralph Fiennes como Victor, cuja arrogância lembra vilões de filmes B. Gromit, mudo, é uma obra-prima de atuação física: sua expressividade através de movimentos mínimos (o arquejar de sobrancelhas, o olhar resignado) comunica mais que diálogos. A química entre os personagens é construída não apenas pelas vozes, mas pela sincronia entre animação e timing cômico, reforçando a dinâmica clássica de Wallace (o sonhador) e Gromit (o realista).

O roteiro é uma celebração do humor britânico, repleto de trocadilhos visuais e verbais (como o nome "Anti-Praga" e os jogos de palavras com vegetais). A narrativa satiriza a cultura de competição e a hipocrisia da caça às bruxas — Victor, que se autoproclama herói, é tão destrutivo quanto o "coelhomem". A escrita também homenageia o gênero de horror, com cenas que imitam a atmosfera de filmes como King Kong (a perseguição no telhado) e Drácula (a bala de prata substituída por cenouras douradas). A relação entre Wallace e Gromit mantém a essência dos curtas: Gromit, embora mudo, frequentemente salva o dia, subvertendo a hierarquia tradicional de "mestre e animal". Críticas à previsibilidade do enredo são mitigadas pela originalidade na execução, como o desfecho pacífico com o santuário de coelhos, que rejeita violência em favor da compaixão.

Como obra de claymation, a cinematografia é um triunfo técnico. A animação em stop-motion da Aardman é meticulosa, com texturas palpáveis (o pelo de Gromit, os vegetais reluzentes) e cenários ricos em detalhes, como a casa caótica de Wallace. A iluminação desempenha um papel crucial: cenas noturnas usam sombras alongadas e tons azulados para evocar suspense, enquanto a sequência do concurso emprega cores vibrantes para destacar a obsessão da vila. Planos detalhados, como a câmera acompanhando Gromit em seu avião de papel, reforçam a perspectiva do cão como protagonista tácito. A direção também parodia convenções de horror, como close-ups dramáticos da Cenoura Dourada ou ângulos hollywoodianos na perseguição aérea.

A trilha de Julian Nott mescla temas whimsical com orquestrações épicas, ecoando a dualidade do filme entre comédia e aventura. Leitmotifs recorrentes — como a melodia descontraída de Wallace e acordes sombrios para o coelhomem — orientam o tom emocional. A música amplifica o humor (ex.: staccatos durante cenas de perseguição) e a tensão (cordas graves na descoberta da transformação de Wallace). A escolha de usar uma valsa durante o baile da vila ironiza a frivolidade dos habitantes, enquanto a ausência de música em momentos-chave (como os olhares de Gromit) permite que a animação brilhe.

O clímax no telhado da Mansão Tottington sintetiza os temas do filme: Victor, armado com a Cenoura Dourada, é derrotado por sua própria ganância, enquanto Wallace é salvo pelo queijo — um deus ex machina que reverencia suas idiossincrasias. A resolução, com o santuário de coelhos e a vitória de um vegetal modesto, sublinha uma mensagem anticonsumista e pró-harmonia ambiental. Gromit emerge como herói não convencional, reforçando sua lealdade e engenhosidade. O final, embora feliz, evita simplismo: Wallace continua sendo um inventor falível, e a vila aprende a coexistir com a natureza. A cena pós-créditos, com coelhos "reabilitados", acrescenta um toque de humor e esperança.

The Curse of the Were-Rabbit é uma obra-prima da animação que transcende gerações. Como primeiro longa de Wallace & Gromit, expande o universo dos curtas sem perder sua essência: humor absurdo, crítica social leve e coração. A técnica impecável da Aardman (vencedora do Oscar) eleva a claymation a um patamar artístico, enquanto o roteiro equilibra paródia e originalidade. Embora alguns possam criticar a dependência de estereótipos britânicos (como a aristocracia excêntrica), esses elementos são parte do charme nostálgico. O filme triunfa ao falar sobre ética, comunidade e amizade sem ser didático, usando o absurdo como espelho da humanidade. Sua vitória no Oscar e aclamação crítica solidificam seu legado não apenas como um marco da animação, mas como uma sátira atemporal que desafia a forma como encaramos progresso e natureza.

The Curse of the Were-Rabbit é mais que um filme infantil: é uma celebração de criatividade, técnica e humor que ressoa com qualquer um que já riu de um trocadilho ou se comoveu com a lealdade de um cão silencioso. Uma joia do cinema que prova que, mesmo na era digital, a magia do stop-motion e da narrativa bem-craftada permanecem insuperáveis.
anônimo
Um visitante
3,0
Enviada em 9 de julho de 2015
Uma animação que consegue unir vários gêneros,na sua história.Une comédia,terror e família.E a versão "stop motion"é o grande barato.É interessante ver o andamento dos personagens,e cada detalhe enriquece o filme de uma maneira positiva.A dinâmica engraçada da dupla principal é um dos pontos fortes também.
Veronica Palmer
Veronica Palmer

1 seguidor 19 críticas Seguir usuário

2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
òtima animacao!!!
Muito bem feita, cores e formas muito originais!
Bom para todos!!!
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