Para Meryl Streep, esta é a pior performance de sua carreira: “Meio artificial”
Lucas Leone
Lucas Leone
-Redator | Crítico
Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

Apesar de não ter gostado de seu trabalho, a atriz foi indicada ao Oscar e ganhou o Globo de Ouro e o BAFTA.

O mundo está cansado de saber que Meryl Streep é uma das figuras mais versáteis da indústria do entretenimento. Aos 73 anos, ela já conquistou muitas gerações com sua atuação e, claro, com sua voz. Do drama à comédia, ela se tornou figurinha carimbada no EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony). Indicada 21 vezes ao prêmio da Academia, ganhou em três ocasiões: Melhor Atriz Coadjuvante por Kramer vs. Kramer (1979) e Melhor Atriz por A Escolha de Sofia (1982) e A Dama de Ferro (2012).

Com uma carreira tão consolidada, é difícil imaginar que algum trabalho de Meryl esteja aquém de seu talento. Mas, surpreendentemente, há um do qual ela não se orgulha nem um pouco. E foi a própria quem fez essa revelação durante uma participação no programa The Graham Norton Show, em 2016.

O apresentador perguntou a Meryl se havia alguma performance sua que achava sem graça. Ela só respondeu que sim. Pressionada a ser mais específica, ela disse inicialmente: “Não vou te contar.” Porém, acabou dando um spoiler de qual longa-metragem se tratava: “Levei vários prêmios por ele.”

Jeremy Irons e Meryl Streep em cena de A Mulher do Tenente Francês. United Artists
Jeremy Irons e Meryl Streep em cena de A Mulher do Tenente Francês.

“Foi um dos seus maiores sucessos?”, questionou Graham Norton. “Eu não diria que foi um sucesso. Foi venerado”, retrucou Meryl, arrancando risadas da plateia e de seus colegas de sofá, Hugh Grant e Keeley Hawes. A estrela então desistiu de despistá-los e entregou o nome da produção: A Mulher do Tenente Francês, lançada em 1981 e dirigida por Karel Reisz.

“Estou tentando tirar o meu da reta, mas parte da culpa estava na estrutura do filme”, explicou Meryl. “Foi meio artificial porque eu era a atriz interpretando a mulher do tenente francês. Ao mesmo tempo, eu era uma atriz americana interpretando uma britânica.”

“Hoje percebo que eu era jovem e nova no meio. Eu não fiquei satisfeita… Não senti que estava vivendo aquilo. Não senti que estava imbuída do anjo da inspiração”, continuou, brincando com uma fala de A Mulher do Tenente Francês. “Você sempre acha que pode fazer algo melhor depois que já está feito.”

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Na trama, dois atores, Anna (Meryl) e Mike (Jeremy Irons), fazem par romântico em um filme que se a na Inglaterra do século 19 e que acompanha Charles, um biólogo prestes a se casar, mas que acaba se apaixonando por Sarah. Depois de um curto e ardente caso de amor, Sarah, atormentada por sua personalidade melancólica, abandona Charles, destruindo a vida dele. Enquanto gravam, Anna e Mike engatam um relacionamento semelhante ao de seus personagens.

Ainda que Meryl não seja fã de sua performance, na época foi indicada ao Oscar, Globo de Ouro e BAFTA. Venceu nessas duas últimas premiações. Quanto ao longa, disputou outras quatro estatuetas douradas: de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Figurino e Melhor Design de Produção.

Por fim, vale lembrar que Meryl está confirmada na 3ª temporada de Only Murders in the Building. Ela se junta a Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez na aclamada série do Hulu – exibida no Brasil pelo Star+. Você pode ver o trailer dos novos episódios acima. Abaixo, você confere o de A Mulher do Tenente Francês:

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