"Nojento": Este é o papel icônico que Sean Connery rejeitou e se tornou um clássico de 270 milhões de dólares
Bruno Botelho dos Santos
Bruno Botelho dos Santos
-Redator | crítico
Bruno é redator e crítico do AdoroCinema, que divide seu tempo na cultura pop entre tomar susto com os mais diversos filmes de terror, assistir os clássicos do cinema ou os grandes blockbusters e enaltecer o trabalho de David Lynch e Stanley Kubrick.

Os filmes de terror dos anos 90 poderiam ter sido diferentes se Sean Connery tivesse participado de O Silêncio dos Inocentes.

Sean Connery é uma lenda do cinema. Durante décadas, ele ficou marcado como James Bond. Apesar de sua carreira impressionante em filmes queridos pelo público, Connery também ficou famoso por recusar papéis que, com o tempo, se tornariam verdadeiros fenômenos culturais. Ele rejeitou Gandalf em O Senhor dos Anéis, perdendo uma das maiores oportunidades, mas não foi a única. Houve outro papel lendário dos anos 90 que ele considerou "nojento" e, por isso, nem sequer considerou aceitá-lo.

Sean Connery além do James Bond: os personagens mais marcantes do ator

No final dos anos 80 e início dos anos 90, Sean Connery ainda estava no topo da indústria. A sua presença em filmes como Indiana Jones e a Última Cruzada, O Nome da Rosa ou Caçada ao Outubro Vermelho consolidou-o como uma das estrelas de maior bilheteria do momento. Foi neste contexto que o diretor Jonathan Demme, que preparava seu próximo projeto, pensou nele para encarnar um personagem que exigisse inteligência, intensidade e uma presença física imponente. Demme estava convencido de que Connery seria perfeito para um dos papéis mais memoráveis dos anos 90.

Por causa de seu status, ele decidiu oferecer a Connery essa oportunidade antes de qualquer outro ator. No entanto, a resposta do escocês não foi a que esperava.

O roteiro chegou a Sean Connery e sua reação foi imediata: Ele o rejeitou categoricamente, chamando-o de "nojento" e deixando claro que não tinha interesse em interpretar um personagem tão distorcido. Esta recusa abriu as portas para Anthony Hopkins, que acabou dando vida a Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes (1991).

O Silêncio dos Inocentes
O Silêncio dos Inocentes
Data de lançamento 17 de maio de 1991 | 1h 58min
Criador(es): Jonathan Demme
Com Anthony Hopkins, Jodie Foster, Scott Glenn
Usuários
4,6
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O filme se tornou um grande sucesso, arrecadando mais de US$ 270 milhões e ganhando os cinco Oscars mais importantes: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado. Anthony Hopkins assumiu o personagem no filme de Jonathan Demme, transformando-o em uma das figuras mais icônicas do cinema de terror e deixando claro que o papel havia encontrado seu intérprete ideal.

Orion Pictures

Curiosamente, Connery não foi o único ator que se recusou a participar do filme. Outros grandes nomes da indústria, como Robert De Niro, Robert Duvall e até Dustin Hoffman, foram considerados para o papel antes de Hopkins assumi-lo. Quanto à personagem Clarice Starling, Jodie Foster não foi a primeira escolha da diretora, que inicialmente pensou em Michelle Pfeiffer. Porém, o destino quis que Foster e Hopkins coincidissem, dando origem a uma química que elevou o filme ao status de obra-prima.

A atuação de Hopkins, com sua interpretação perturbadora de Lecter, foi tão impressionante que em apenas 16 minutos na tela ele conseguiu garantir seu Oscar e se tornar uma referência do gênero.

*Conteúdo global AdoroCinema

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