Há 23 anos, a Disney lançou um de seus filmes mais ambiciosos e espetaculares, mas ele foi injustamente esquecido. Estamos falando de Planeta do Tesouro, o 43º clássico animado do estúdio, uma adaptação única de A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, ambientada em um universo de ficção científica.
A história acompanha Jim Hawkins (Joseph Gordon-Levitt), um jovem fascinado desde a infância por contos de piratas espaciais. Sua vida muda quando um estranho misterioso, gravemente ferido e perseguido por piratas, chega à sua pousada e lhe dá um mapa que leva ao lendário tesouro do Capitão Flint. Determinado a realizar seu sonho, Jim embarca no RLS Heritage, onde conhece o enigmático cozinheiro do navio: John Silver (Brian Murray).

Dirigido por John Musker e Ron Clements, responsáveis por sucessos como A Pequena Sereia, Aladdin e Hércules, este filme representa uma das joias mais brilhantes e subestimadas dos anos 2000. Numa época em que a Disney ava por um período de transição e resultados irregulares, Planeta do Tesouro se destacou pela originalidade e pelo seu visual impressionante.
Apresentando uma trilha sonora vibrante composta por James Newton Howard, o filme oferece uma experiência cinematográfica épica e emocionante. A animação combina técnicas tradicionais com efeitos digitais, alguns dos quais envelhecidos, mas sem prejudicar a força geral do longa. Uma das maiores conquistas do filme é o relacionamento entre Jim e John Silver, uma dinâmica que carrega uma profunda carga emocional.

Embora normalmente não apareça nas listas dos maiores clássicos da Disney, Planeta do Tesouro merece ser reconhecido como uma obra notável por sua abordagem inovadora, ritmo impecável e poderosa atmosfera de aventura. É um filme que não só diverte, mas também deixa uma impressão duradoura graças aos seus personagens complexos e cativantes.