O único Oscar que escapou de Ben-Hur: A fase mais problemática do filme tirou um marco que poderia manter até hoje
Giovanni Rodrigues
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

Ganhá-lo teria convertido no filme com mais Oscars da história sem que nenhum outro tivesse igualado o recorde até hoje.

É um dos filmes por excelência da Semana Santa e sempre temos a oportunidade de desfrutá-lo novamente e em aberto nesta época do ano, mas Ben-Hur é muito mais que isso. Um dos mais importantes e influentes filmes da história do cinema que, na época, contou com o maior orçamento já destinado a um filme - 15 milhões de dólares - e um autêntico desdobramento de meios que superava qualquer outra coisa que tivéssemos visto na indústria até então.

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Sob a batuta de William Wyler e protagonizado por Charlton Heston no papel do príncipe da Judeia Judá Ben-Hur, o filme começa com um feliz encontro deste com seu velho amigo de infância Messala (Stephen Boyd), que acabou de tomar o controle da guarnição de Jerusalém. Apesar de sua longa amizade, Messala é agora um tribuno romano e suas opiniões políticas são diferentes. Tudo explode quando uma pedra que cai da casa de Ben-Hur quase mata Messala durante o desfile de boas-vindas: o tribuno condena Ben-Hur às galeras e faz com que sua mãe Miriam (Martha Scott) e sua irmã Tirzah (Cathy O'Donnell) sejam encarceradas. Ben-Hur a o duro destino nas galeras com uma vontade indomável, mas um objetivo o mantém vivo: vingar-se de Messala, que o castigou injustamente apesar de sabê-lo inocente.

Ben-Hur
Ben-Hur
Data de lançamento 29 de janeiro de 1960 | 3h 32min
Criador(es): William Wyler
Com Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins
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4,6
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Adaptação do romance de Lew Wallace de 1880 Ben-Hur: Uma História de Cristo, o filme estreou em 1959 após vários meses de intenso trabalho nos quais se gerenciaram equipes de trabalho de várias centenas de profissionais nas distintas áreas e longas jornadas de filmagem. Felizmente, no caso de Ben-Hur, o filme alcançou o sucesso esperado, tornando-se o filme de maior bilheteria do ano e o segundo maior da história, então só atrás de ...E o Vento Levou.

Além disso, Ben-Hur fez história no Oscar, batendo um recorde que 66 anos depois ainda não lhe foi tirado. Embora tenha sido igualado.

Indicado em 12 categorias do Prêmio Oscar, Ben-Hur ganhou onze estatuetas, uma cifra que ainda não foi superada por nenhum filme, embora Titanic e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei tenham conseguido empatar.

Ao contrário do que ocorreu com o terceiro filme da trilogia de O Senhor dos Anéis, que ganhou em todas as categorias em que estava indicado, Ben-Hur deixou escapar um único Oscar, que o teria convertido no filme com mais Oscars da história sem que nenhum outro tivesse igualado o recorde até hoje.

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Que Oscar resistiu a Ben-Hur? Embora também estivesse indicado ao prêmio de Melhor roteiro original, os acadêmicos decidiram em favor de outro filme, Um Lugar ao Sol. Uma decisão que na realidade faz muito sentido se levarmos em conta que o roteiro do filme foi o processo mais problemático de todo o projeto.

O roteiro é assinado por Karl Tunberg, embora o texto inclua contribuições de Maxwell Anderson, S. N. Behrman, Gore Vidal e Christopher Fry, o que em seu momento foi objeto de uma desagradável disputa sobre os créditos do roteiro do filme. Definitivamente, se tivesse que ter sido concedido um Oscar também nesta categoria, a situação teria se tornado ainda mais tensa, então a Academia de Hollywood optou por outro dos indicados.

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