É um dos maiores filmes de ficção científica da história, mas pode ter enganado o público durante todo esse tempo?
Maria Santos
Maria Santos
Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

Onze anos após seu lançamento, diretor finalmente responde a uma das dúvidas mais comentadas sobre o filme.

A ficção científica é um dos gêneros mais antigos do cinema e não à toa, está por trás de grandes sucessos de Hollywood, desde blockbusters até produções independentes. Franquias como Star Wars, Duna, Planeta dos Macacos e o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) mostram como o gênero cativa fãs com histórias variadas.

Nos últimos anos, diretores como Stanley Kubrick, Ridley Scott, Christopher Nolan, James Cameron, Steven Spielberg e Denis Villeneuve reinventaram essa fórmula já consolidada. Mas um nome mais recente vem chamando atenção: Alex Garland, cineasta que está moldando seu próprio legado com obras instigantes.

Alex Garland e o sucesso de Ex Machina: Instinto Artificial 44253c

A24 / Universal Pictures

Na carreira de Garland, já aparecem títulos como Aniquilação, Devs, Sunshine - Alerta Solar e Extermínio. Porém, foi em 2014, com Ex Machina: Instinto Artificial, que ele conquistou seu espaço no meio. O filme, estrelado por Domhnall Gleeson, Alicia Vikander e Oscar Isaac, acompanha Caleb (Gleeson), um programador que ganha um concurso para ar uma semana na mansão isolada de Nathan (Isaac), o CEO excêntrico da empresa onde trabalha.

Lá, ele descobre que foi selecionado para testar Ava (Vikander), uma robô com inteligência artificial tão sedutora e complexa que coloca em xeque a confiança de Caleb em tudo — e em todos — ao seu redor.

Mesmo anos depois do lançamento, fãs ainda revisitam o filme em busca de detalhes que podem ter ado despercebidos. Uma teoria, em particular, viralizou no Reddit e chegou a ser comentada pelo próprio diretor.

A teoria que questiona tudo (e a resposta de Garland) 6s6dt

A24/Universal Pictures

Em um vídeo para a revista GQ, Garland reagiu a uma discussão que tomou conta do Reddit: a ideia de que Caleb seria, na verdade, um androide, e que o filme seria um teste de Turing aplicado ao público.

O Teste de Turing foi proposto pelo matemático britânico Alan Turing em 1950 e serve para avaliar se uma máquina (IA) pode exibir comportamento inteligente indistinguível de um ser humano. Por exemplo, um juiz conversa por texto (sem ver ou ouvir) com dois interlocutores: um humano e uma IA. Se o juiz não conseguir distinguir quem é a máquina e quem é a pessoa, a IA a no teste.

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O diretor, no entanto, esclareceu durante a conversa: "Eu presumi que um espectador inteligente, em determinado momento, diria: 'Eu sei o que está acontecendo aqui. Domhall Gleeson, sabe, Caleb, sim, ele é a IA. É isso mesmo que está acontecendo.' É por isso que há uma cena em que ele se corta ao meio, porque então ele começa a se fazer essa pergunta. Mas ele não é uma IA, ele é uma pessoa."

Apesar de achar a teoria interessante, Garland confirmou que ela não é verdadeira. Mesmo assim, ele ite que plantou pistas para deixar o público em dúvida, afinal, questionar a realidade é parte da graça do filme.

Ava: a verdadeira protagonista (e vilã?) 1k1z1m

A24/Universal Pictures

Diferente de Caleb, Ava é, de fato, um robô. Sua inteligência supera a de Nathan e a do próprio Caleb, culminando naquele final surpreendente. O mais genial da narrativa? O filme nos faz torcer por Ava, mesmo quando suas ações são moralmente ambíguas.

Confira a entrevista completa a seguir:

Ex_Machina: Instinto Artificial
Ex_Machina: Instinto Artificial
Data de lançamento 6 de agosto de 2015 | 1h 48min
Criador(es): Alex Garland
Com Domhnall Gleeson, Alicia Vikander, Oscar Isaac
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5,0
alugar ou comprar

O filme está disponivel para aluguel no Prime Video, Apple+ e Google Play.

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