
Ted Sarandos, CEO da Netflix, acredita que o atual modelo de cinema contemplado mundialmente é “ultraado”.
No fim de abril, Sarandos se reuniu com o editor-chefe da revista Time para um breve papo, onde debateram os principais problemas de Hollywood e o motivo pelo qual a indústria cinematográfica vive um momento de encolhimento. O homem-forte da gigante do streaming, então, colocou-se a defender sua companhia, afirmando que ela tem um diferencial importante em relação ao cinema tradicional.
“A Netflix é uma empresa muito focada no consumidor. Nós realmente nos importamos em entregar o programa da maneira que você deseja assistir”, começou o executivo. “Tento incentivar todos os diretores com quem trabalhamos a se concentrarem no consumidor, nos fãs. Faça um filme que eles amem, e eles vão te recompensar”, acrescentou.
Netflix lançou seu próprio Yellowstone: Se funcionar, pode ter uma longa vida na plataformaEle ainda completa:
“Estamos em um período de transição. As pessoas cresceram pensando: 'Quero fazer filmes em uma tela gigante e ter estranhos assistindo [e] tê-los em cartaz no cinema por dois meses e as pessoas chorando e os shows esgotados... É um conceito ultraado."
Sarandos também afirma que a indústria não deve ficar presa ao desejo de que o público assista aos longas-metragens no cinema, mas sim à maneira que as pessoas preferirem. Em entrevista ada, o CEO já havia dito que na verdade a Netflix não está destruindo Hollywood, mas sim a “salvando”.