Ao longo de seus mais de 50 anos como diretor, Steven Spielberg nos deu tantos filmes maravilhosos que é praticamente impossível que sua lista dos melhores filmes seja repetida de uma pessoa para outra.
Enquanto alguns sempre dedicam os primeiros lugares a sucessos de bilheteria como Jurassic Park ou Indiana Jones por nostalgia, os críticos se dividem na hora de escolher entre filmes que são pura história do cinema como A Lista de Schindler, Tubarão ou E.T. - O Extraterrestre.
Entre estes últimos, o inconfundível O Resgate do Soldado Ryan, filme de guerra que Spielberg lançou em 1998 e que é considerado um dos filmes de guerra mais realistas já produzidos, sempre figura entre os melhores.

Com 94% de críticas positivas, de acordo com o Rotten Tomatoes, o filme estrelado por Tom Hanks, Matt Damon, Edward Burns e Tom Sizemore, entre outros, é o quarto mais bem avaliado do cineasta e também um dos de maior bilheteria, com 482 milhões de dólares arrecadados.
No entanto, para que O Resgate do Soldado Ryan se tornasse um dos melhores filmes do gênero e continuasse sendo até hoje, Spielberg teve que se esforçar ao máximo e esticar o orçamento de cerca de 60 a 70 milhões de dólares que tinha à disposição o máximo possível.
Na verdade, para evitar que o preço subisse muito, tanto o diretor quanto Hanks, que também era o produtor do filme, concordaram em aceitar salários muito baixos em troca de uma alta porcentagem dos lucros brutos, o que certamente não foi uma má decisão.

Absolutamente dedicado à história e um fã reconhecido não apenas do gênero, mas também de histórias sobre a Segunda Guerra Mundial, Spielberg deixou claro desde o início que queria realismo em seu filme, que pudesse servir como uma homenagem, e não ser apenas mais um sucesso de bilheteria de Hollywood sobre o conflito.
Para isso, ele ouviu depoimentos de veteranos da Segunda Guerra Mundial e introduziu uma grande quantidade de detalhes que o ajudaram a transmitir ao espectador o inferno absoluto vivido pelos soldados que participaram da Batalha da Normandia, um dos episódios-chave da guerra e do contexto histórico da trama do filme.
Além dos depoimentos reais, o diretor organizou um acampamento para os atores, para ajudá-los a se imergir completamente em seus personagens, o que alguns descreveram como infernal, e o resultado foi tão incrível que muitos veteranos de guerra afirmaram ter ficado chocados com o realismo das imagens que viram.
Praia de Omaha, um cenário cinematográfico inesquecível 672q9

Para uma das cenas mais importantes e impactantes do filme, a Batalha de Omaha Beach, a equipe teve que fazer de tudo. As filmagens duraram quatro semanas e custaram mais de 11 milhões de dólares, o que representa 20% do orçamento total do filme. Além disso, foram necessários mais de 1.000 figurantes para concluir o projeto, além da equipe necessária de cerca de 500 pessoas.
"A chegada das tropas americanas à Praia de Omaha é retratada como um verdadeiro massacre, com toda a sua brutalidade e violência. Dezenas de soldados morrem antes mesmo de pisar na praia, e Spielberg filma tudo com a força de uma reportagem jornalística", diz a crítica do site SensaCine sobre o filme, referindo-se à cena. Uma verdadeira exibição que visava atingir o que era: uma cena verdadeiramente perfeita.