A Crônica sa, novo filme de Wes Anderson, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18). O longa traz todas as características que os fãs esperam de uma obra criada pelo aclamado diretor: elenco renomado formado por colaboradores frequentes, personagens peculiares, uma estética visual única, roteiro espirituoso e boas doses de humor sarcástico.
The French Dispatch (no original) acompanha um grupo de jornalistas que trabalha em uma revista americana conhecida como A Crônica sa, cuja sede está localizada em uma pequena cidade da França. Quando o adorado editor morre, a equipe da redação se reúne para escrever seu obituário, e as lembranças que surgem disso mergulham o público em quatro crônicas diferentes produzidas pelos funcionários do veículo. Assim, somos apresentados tanto aos autores dos contos quanto às pessoas que os protagonizam.
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ELENCO ESTRELADO VAI DE TIMOTHÉE CHALAMET A ELISABETH MOSS 1h5b1b

Assim como os demais filmes de Anderson, A Crônica sa conta com um elenco gigantesco e ilustríssimo. Aos renomados atores e atrizes que costumam trabalhar com o cineasta – entre eles Bill Murray, Adrien Brody, Owen Wilson, Jason Schwartzman e Tilda Swinton –, acrescentam-se outros nomes famosos que fazem sua estreia no “universo Anderson”, como Benicio Del Toro, Léa Seydoux e Timothée Chalamet. Mas a lista não para por aí, incluindo também s McDormand, Willem Dafoe, Elisabeth Moss, Christoph Waltz, Saoirse Ronan, Jeffrey Wright, Edward Norton e Liev Schreiber.
FILME HOMENAGEIA A REVISTA THE NEW YORKER 625h4l

Como o próprio Anderson explica em comunicado oficial, A Crônica sa resulta da junção de três ideias diferentes: "O filme é uma coleção de contos, algo que sempre quis fazer; um filme inspirado na The New Yorker e o tipo de repórter que sempre foi conhecido por suas publicações; e, tendo ado muito tempo na França ao longo dos anos, sempre quis fazer um filme francês, que fosse relacionado ao cinema francês”.
O diretor é fã da prestigiosa publicação americana desde sua adolescência – fato confirmado por Owen Wilson, companheiro de quarto de Anderson na faculdade e colaborador recorrente de suas produções. O ator conta que, na época, o aspirante a cineasta lia a The New Yorker o tempo todo, o que ele considerava bastante incomum. "Acredito que Anderson não era , porque isso estaria fora do seu alcance financeiro, mas ele ficava completamente absorvido por aquela revista. Que presente atencioso a todos aqueles escritores”, diz Wilson.
Anderson reforça que a grande estrela da trama é a palavra escrita, que acontece em muitos níveis diferentes. “Tem o que você vê na tela, tem as legendas, tem a textura da revista e tem a importância do relacionamento dos editores da revista com a forma de escrever. O herói de toda história é um escritor”, observa o diretor.
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O filme funciona como uma espécie de antologia ao conectar quatro histórias distintas, criando uma espécie de Mil e uma Noites. Mas, para além disso, A Crônica sa demonstra o amor de Anderson pelo cinema como um todo e, principalmente, pela produção artística da França – país que adotou o diretor nos últimos anos.
Ele faz, portanto, referências a grandes cineastas ses como Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jean Renoir, Louis Malle e Jacques Tati. Italianos como Vittorio De Sica e Luchino Visconti também serviram de inspiração para Anderson, ao lado dos aclamados Alfred Hitchcock, Billy Wilder, Francis Ford Coppola e Roman Polanski.
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Outra característica facilmente associada às obras de Anderson é a estética diferenciada e impecável, mais especificamente no que diz respeito à fotografia. Dono de uma das identidades visuais mais brilhantes do cinema atual, ele ficou conhecido por seus enquadramentos simétricos e por sua paleta de cores em tons pastéis – traços que se repetem em A Crônica sa.
Para criar a fictícia cidade de Ennui-sur-Blasé (um jogo de palavras que significa algo como "tédio-sobre-desinteresse"), o diretor cogitou, inicialmente, usar várias locações e juntá-las na sala de edição. Mas acabou optando por rodar o filme na cidade de Angoulême, na região da Nova-Aquitânia (sudoeste da França).
Fãs identificam lugares ao redor do mundo que poderiam estar em um filme do Wes Anderson“Angoulême tinha a antiguidade e a arquitetura adequadas. Tinha todas as curvas, esquinas, escadas e pequenos viadutos; todo esse empilhamento vertical único de marcos históricos", diz o designer de produção Adam Stockhausen.
"Isso produzia belos quadros e também lembrava certas áreas de Paris, Lyon e outras cidades sas”. Em Angoulême, Anderson e sua equipe encontraram uma antiga fábrica de feltro e a transformaram em um estúdio de cinema em miniatura, montando uma oficina de construção, uma oficina de criação de maquetes e dois cenários.
A CRÔNICA SA É 10º FILME DE WES ANDERSON n344u

Escrito, dirigido e produzido por Anderson, A Crônica sa é o 10º filme de sua carreira, que começou em 1996 com Pura Adrenalina. Nesse meio-tempo, ele lançou sucessos como Os Excêntricos Tenenbaums, Moonrise Kingdom e O Grande Hotel Budapeste, além das animações O Fantástico Sr. Raposo e Ilha dos Cachorros.
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