Breaking Bad
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Adriano Silva
Adriano Silva

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Crítica da 2 temporada
5,0
Enviada em 1 de julho de 2023
TEM SPOILERS!

Breaking Bad (2ª Temporada) 2009

A primeira temporada de "Breaking Bad" foi aquela explosão, aquela surpreendente estreia de uma das maiores séries de todos os tempos, fazendo um sucesso estratosférico e conquistando milhares de fãs ao redor do planeta.

Obviamente a primeira temporada foi a responsável em nos introduzir em cada acontecimento na série, em nos apresentar cada personagem com sua devida importância e nos confrontar com os problemas de cada um ali presente. Sendo assim a primeira temporada carrega principalmente o fator surpresa, que é justamente o confronto com todos os acontecimentos envolvendo o Sr. Walter White (Bryan Cranston), que vai desde o professor de química do ensino médio superqualificado e desanimado, ando pelo diagnóstico recente de câncer de pulmão e chegando na parceria com seu ex-aluno, Jesse Pinkman (Aaron Paul), para produzir e distribuir metanfetamina para garantir o futuro financeiro de sua família antes que ele morra.

Este é o principal contraponto com esta segunda temporada, o fato de já estarmos inteirado com tudo, já sabermos de tudo, já conhecermos cada um dos personagens e principalmente o Sr. Walter e o Jesse. Ou seja, já estamos cientes das principais consequências que a doença e o envolvimento com o tráfico trouxe para o Sr. Walter, que obviamente atinge diretamente o Jesse.

A temporada já inicia com aquela cena magnífica do final da temporada anterior, que é justamente o confronto com o Tuco doidão (Raymond Cruz) espancando um de seus capangas. A partir daí o primeiro episódio já nos dá toda a dimensão do que esperar da temporada, que é justamente a relação se deteriorando e ficando cada vez mais insustentável entre Walter e sua esposa Skyler (Anna Gunn). E justamente pelo fato do Walter ser obrigado a esconder de sua família todo o seu envolvimento com o tráfico. E o episódio vai ainda mais além ao nos mostrar todo o drama e apreensão de Walter relacionado ao Tuco.
Outro ponto muito curioso desse primeiro episódio é exatamente todo o cálculo que o Walter faz pensando na venda de metanfetamina relacionado a quantia que ele pretende deixar para sua família. E este cálculo dá ali por volta dos $ 700.000 dólares. Sem falar que é nesse episódio que conhecemos a figura do Sr. Hector Salamanca (Mark Margolis), o tio do Tuco, que é simplesmente um dos personagens icônicos da série.

Um dos principais pontos dessa temporada é exatamente o desenvolvimento e o crescimento do drama, da mentira, do desgaste, da apreensão, daquele suspense que vai se instalando na série com o ar de cada episódio. E exatamente esse suspense pelo fato das mentiras e enganações de Walter com sua esposa, seu filho e principalmente com Hank (Dean Norris), o agente da DEA. Por outro lado a temporada faz uma ótima mescla entre o drama de Walter relacionado ao tratamento de sua doença com o drama pessoal da Skyler e sua gravidez. E aqui entra um ponto extremamente importante dentro da temporada e que eu já mencionei acima, que é o desgaste do casal Walter e Skyler. Pois todo esse desgaste no casamento é o principal fator para moldar a personalidade de cada um a partir dali. Skyler a a confiar cada vez menos em Walter e decidi voltar a trabalhar, e justamente em seu antigo emprego no qual seu chefe parece ter um claro interesse nela (e ela parece retribuir). Já Walter está cada vez mais envolvido com o tráfico, seu principal interesse é vender toda a metanfetamina que ele já tem guardada. E a partir daí ele começa a ar por cima de tudo e de todos para concluir seu objetivo.

E esta segunda temporada não abrange somente o drama do Walter e sua esposa, mas também temos o desenvolvimento sobre outros personagens da série: que são justamente o Walter Jr. (RJ Mitte), o Jesse e o Hank.
Após o Hank enfim dar cabo do Tuco ele ganha mais respeito e relevância em seu departamento, o que logo o leva a comandar uma nova operação no México. Essa operação o confronta com o traficante Tortuga (Danny Trejo), e aqui temos mais uma cena emblemática de "Breaking Bad", que é justamente aquela cena da cabeça do Tortuga em cima do casco da tartaruga causando uma inesperada explosão. Que cena apoteótica! Esta segunda temporada é responsável por várias cenas icônicas de toda a série de "Breaking Bad".
Sobre o adorável Walter Jr. também temos um desenvolvimento e um crescimento do personagem em relação à temporada ada. Nessa temporada ele mostra estar cada vez mais preocupado com a saúde do pai e engajado em dar a sua contribuição de alguma forma. E aqui temos ele criando aquele icônico site na internet de ajuda para o Walter. Mais uma agem emblemática e marcante da série e que virou um meme mundial.
Já o Jesse é de longe o personagem que mais cresceu (juntamente com o Walter) e se desenvolveu nessa temporada em relação à ele próprio na primeira temporada. Se na temporada anterior ele ficava mais à cargo das ordens do Walter em relação a venda das drogas, nessa temporada ele começa a andar com as próprias pernas, ele começa a trilhar seu próprio caminho e seu próprio destino. E isso se dá exatamente pelo fato dele partir atrás das suas drogas, do seu dinheiro, se envolver com outra galera do mundo do tráfico, chegando até ao famigerado romance com a viciada em heroína - Jane Margolis (Krysten Ritter).

Todo esse envolvimento do Jesse com a Jane é o principal ponto de virada da temporada, a verdadeira força motriz para os acontecimentos que virão a partir desse romance, tanto pelo lado do Walter quanto pelo lado do próprio Jesse. Jesse a a ser dominado pelo tal envolvimento com a garota, e isso é muito ruim para os planos do Walter em relação a sua parceria com os planos da metanfetamina. Ou seja, o envolvimento do Jesse com a Jane a a ser uma ameaça para o Walter, principalmente após o Jesse revelar para Jane todos os seus esquemas no mundo do tráfico junto com Walter, e aquela dívida que o Walter tem com ele. A partir daí a Jane começa a chantagear o Walter em relação ao dinheiro que ele deve para o Jesse, o que faz o Walter tomar a decisão mais emblemática, surpreendente e intrigante de toda a série "Breaking Bad".

Esta é uma decisão muito particular do Walter, que até hoje ainda é contestada, simplesmente a sua decisão de observar a Jane ter uma overdose causada pela heroína e morrer sufocada em seu próprio vômito. Por sinal uma cena pesadíssima, que realmente nos incomoda. Porque o Walter tomou essa decisão de praticamente participar da morte da Jane mesmo que indiretamente? Esta cena tem uma grande revelação, uma grande desconstrução, uma grande descaracterização, que é justamente a figura do Walter, em como ele deixa de lado o seu lado humano, de pai, de marido, e entra de vez no seu lado sombrio. Pois a decisão de Walter em deixar a Jane morrer diante de seus olhos age como o início de seu declínio moral, ético, humano, embora tenha claramente um impacto emocional sobre ele.

Podemos entender que esta decisão do Walter foi feita unicamente pensando em seu parceiro Jesse, em resgatá-lo de volta à vida, pois a Jane já tinha o dominado completamente e estava se matando e matando o Jesse com o uso das heroínas. E aqui eu compreendo a cabeça do Walter, que já estava completamente envolvido nesse submundo do tráfico, que já não tinha mais espaços para pensar no amor, na compaixão, para sentir pena, que precisava tomar uma única decisão naquele momento, que era de salvar a Jane (que pra ele era uma total desconhecida) ou salvar o Jesse (o seu parceiro). E esta decisão do Walter claramente teve um grande impacto emocional e humano sobre ele, pois ele não era nenhum sádico, nenhum psicopata, e mesmo assim ele teve que agir com frieza, com a maior dificuldade do impacto e das consequências que esta decisão traria sobre ele. E na cena claramente podemos observar o impacto da tristeza e da consciência pesada expostas nas lágrimas escorrendo no rosto do Walter. Senhoras e senhores, que cena!

Bryan Cranston está cada vez mais fenomenal na pele do indescritível Walter White. É realmente impressionante o notável crescimento de seu personagem com o ar de cada episódio e de cada temporada. Nessa segunda ele está completamente impecável e irretocável.
Aaron Paul foi o que mais me surpreendeu, pois como eu já mencionei, seu personagem foi o que mais cresceu e se desenvolveu nessa temporada. Paul mostra estar cada vez mais a vontade no personagem, estar cada vez mais conectado com as causas e os sentimentos de seu personagem. E aqui tem um diferencial, sua veia dramática, que é muito mais explorada nessa temporada, principalmente sobre o efeito da morte da Jane, onde ele dá um show naquela cena que explora toda a sua dramaticidade. Aaron Paul é outro que esteve impecável na temporada.
Anna Gunn traz talvez a personagem que é a verdadeira personificação do termo "ame ou odeie" de toda a série. Acho bastante curioso todo o hater que se criou em torno da sua personagem, o que não concordo inteiramente mas também não discordo completamente. Realmente a Skyler toma umas decisões contestáveis, continua vivendo somente dentro da sua bolha, e agora ela vai ainda mais além, ao retribuir os galanteios de seu chefe e sair de casa no final da temporada. Mas por outro lado algumas decisões dela até que são compreensíveis, já que o próprio Walter também não ajuda né.
Krysten Ritter (eterna Jessica Jones) foi uma excelente adição da temporada, e ela contribuiu perfeitamente com sua personagem Jane. Krysten incorporou muito bem aquela figura da garota viciada, problemática, que estava se afundando e carregando seu namorado junto. Uma ótima atuação!

Completando o elenco:
Dean Norris anda na mesma linha do seu personagem da primeira temporada, porém aqui ele se sobressai em várias ocasiões, como no assassinato do Tuco e a operação no México.
RJ Mitte continua com seu ótimo personagem Walter Jr. Dessa vez cada vez mais empenhado pela causa do pai.
Já a Betsy Brandt é completamente deixada de lado nessa temporada. Sua personagem Marie, a cleptomaníaca, é esquecida em praticamente todos os episódios.

Muito curioso que nessa temporada temos aquela ligação com "Better Call Saul". Inclusive temos entradas de figuras emblemáticas e icônicas de todo o universo de "Breaking Bad" - que são as figuras do Mike (Jonathan Banks), do Gus Fring (Giancarlo Esposito) e do Saul Goodman (Bob Odenkirk).

O último episódio é muito importante para a continuação dos próximos acontecimentos da série. Pois é nele que temos aquela decisão da Skyler em sair de casa e deixar o Walter, ela já estava farta das suas mentiras. Temos o Walter indo resgatar o Jesse daquele local que ele estava entregue as drogas. E também a cena da explosão dos aviões no céu com aquele icônico urso caindo diretamente na piscina do Walter. Por sinal mais uma cena que mostra a dimensão e a proporção das escolhas feitas por Walter - muito curioso!

No mais, a segunda temporada de "Breaking Bad" continua magnífica, excelente, impecável, que só confirma a proporção e a importância estratosférica que a série tem. Impressionante como a série cresce em cada temporada, e aqui temos uma evolução grandiosa e notável sobre o roteiro, as qualidades técnicas e principalmente em relação ao elenco, que entregaram ótimos trabalhos. Destacando ainda mais a principal mudança de postura e personalidade do Sr. Walter White, que definitivamente se entregou ao seu lado sombrio, com uma clara mudança obscura em seu caráter e se tornando cada vez mais aquele ser tomado pela incontrolável e destrutiva ambição.

Mais uma temporada obra-prima das séries!
[29/06/2023]
Adriano Silva
Adriano Silva

1.582 seguidores 471 críticas Seguir usuário

Crítica da 1 temporada
5,0
Enviada em 13 de junho de 2023
Breaking Bad (1ª Temporada) 2008

"Breaking Bad" é uma série americana criada e produzida por Vince Gilligan (roteirista da lendária série "Arquivo X", dos anos 90) para a AMC. Situada e filmada em Albuquerque, Novo México, a série segue Walter White (Bryan Cranston), um professor de química do ensino médio mal pago, superqualificado e desanimado que está lutando com um diagnóstico recente de câncer de pulmão em estágio três. White se volta para uma vida de crime e faz parceria com um ex-aluno, Jesse Pinkman (Aaron Paul), para produzir e distribuir metanfetamina para garantir o futuro financeiro de sua família antes que ele morra, enquanto navega pelos perigos do submundo do crime.

Já inicio afirmando que "Breaking Bad" é a melhor série do século, a verdadeira obra-prima das séries e está simplesmente entre as melhores séries já criadas em toda a história. Sim, eu sou mais um louco completamente fissurado nessa série. Mais um na extensa lista dos que consideram esta série completamente perfeita em todos os sentidos.

O que mais me surpreende em "Breaking Bad" é sem dúvida o roteiro, que é absurdamente impecável e genial em todos os quesitos. Pois aqui temos uma obra que navega no drama, no investigativo, elaborando todo um Thriller policial, que permeia todos os acontecimentos acerca da principal figura da série, que é exatamente o Sr. Walter White. Toda história de "Breaking Bad" é obviamente fictícia, mas facilmente podemos encaixá-la em nossa própria vida, em nosso próprio cotidiano, pois a partir do momento em que somos confrontados com a figura do Sr. White, um professor de química que leva uma vida monótona e frustrada, que tem que desempenhar o seu papel de pai e chefe de família, que obviamente a pelo fato de ter um filho deficiente, facilmente podemos logo se identificar com toda a sua história.

E é exatamente dessa forma que a história transcorre inicialmente, nos apresentando e nos imergindo na história da vida de Walter White. O roteiro da série nos surpreende e se mostra ainda mais interessante a partir do momento em que somos confrontados com o Sr. White descobrindo a existência de um câncer de pulmão, sendo que essa descoberta também lhe traz a notícia que ele terá pouco tempo de vida pela frente. Ou seja, o que se ará na cabeça do Sr. White a partir dessa descoberta? O que ele estará pensando a partir do momento em que se vê diante dessa gravíssima situação, ainda mais sendo confrontado com a sua questão financeira, que não é um das melhores, e ainda com a condição de uma esposa grávida?

Realmente é muito difícil se colocar na pele do Sr. White e se imaginar naquela situação e naquelas condições. A recente descoberta do seu câncer de pulmão logo o obriga a tomar certas decisões enquanto ainda há tempo de vida, e qual é a sua principal decisão? Sim, o Sr. White sendo um expert em química e tendo o conhecimento dos altos lucros financeiros desse submundo, ele a a criar e vender a sua própria metanfetamina. E quem aqui vai julgá-lo pela sua decisão? Quem aqui também não pensaria em fazer exatamente o que ele fez? Quem aqui não pensaria em usar todo o seu conhecimento em química para faturar um bom dinheiro para deixar a sua família em condições melhores após a sua morte? Por mais que seja errado, por mais que seja ilícito, por mais que você saiba das consequências que esta decisão pode lhe trazer, mas você já tem pouco tempo de vida, se você for preso você vai morrer de qualquer jeito, então porquê não deixar o seu filho deficiente e a sua filha que vai nascer financeiramente melhor? Muitos podem afirmar que jamais fariam isso, que jamais tomariam esta decisão, mas todos nós não conhecemos os nossos reais limites quando estamos em certas situações. O ser humano é capaz de tudo, ainda mais quando se sente ameaçado e em uma situação de emergência.

Outro ponto muito interessante é o alerta que a série nos faz em relação à nossa organização financeira, em outras palavras, a nossa forma em ter um controle financeiro dentro da nossa família. Uma reserva financeira garante mais tranquilidade para lidar com situações adversas, ou seja, exatamente as questões que o Sr. White iria enfrentar a partir do momento que descobriu o câncer. Obviamente ele foi pego desprevenido financeiramente na questão do tratamento da sua doença.

A primeira temporada de "Breaking Bad" deveria contar com nove episódios, porém foi reduzida devido à greve dos roteiristas americanos que ocorreu naquele ano (e que voltou a acontecer atualmente). E mesmo com a redução de dois episódios, a primeira temporada ficou perfeita, conseguiu elaborar muito bem cada acontecimento, onde a cada episódio íamos se afeiçoando cada vez mais com o Sr. White e com a sua história.
O primeiro episódio é exatamente aonde começamos a descobrir a arte do mundo da química. O Sr. White é um artista, da sua maneira mas ele é um artista. Um fato muito curioso e pertinente: temos aqui um professor de química que tem que se submeter à um tratamento de quimioterapia.
No segundo episódio temos aquela bizarra cena da banheira demolindo o teto da casa do Pinkman.
O terceiro episódio nos traz uma reflexão sobre o Sr. White; de fato ele não é um criminoso, pelo menos ainda, ele está nessa unicamente pelo dinheiro para deixar para a sua família. Tudo isso se resume bem na cena em que ele sofre ao pedir desculpas após ter matado enforcado o Krazy-8 (Maximino Arciniega). Por sinal antes da morte temos uma cena que nos surpreende, quando os dois conversam e revive suas histórias do ado.
A partir do episódio quatro em diante, é onde a série é envolvida por um peso dramático ainda maior. Pois temos a surpresa da revelação do câncer para toda a família. Temos a corrida contra o tempo em busca de um tratamento, tratamento este que ainda tem que ar pela a aceitação do Sr. White.
O sexto episódio é bem chocante, pois é nesse episódio que o Sr. White raspa a cabeça e sai do modo defesa e parte de cabeça para o modo ataque (quando ele vai enfrentar o líder traficante). Aquela cena final da explosão foi antológica. Que cena maravilhosa!
Já o sétimo (e último) episódio, é onde temos algumas revelações surpreendentes. É realmente incrível quando sequer imaginamos que ao nosso redor tem pessoas que fazem parte da nossa família e que fazem coisas ilegais. Este é o poder que esta série tem, pois pode não parecer, mas ela traz várias reflexões, você começa a refletir sobre as motivações de cada um, nos objetivos de cada um, nas pretensões de cada um. É simplesmente fantástico!

Uma série fantástica precisa contar com um elenco fantástico!
Bryan Cranston (lendário em várias séries dos anos 90) é um grande ator, que já teve vários personagens importantes ao longo da sua carreira cinematográfica. Porém, ele ficou estigmatizado pelo Sr. Walter White. Um trabalho absurdo, uma atuação irretocável, um personagem que lhe caiu como uma luva, que sequer eu poderia imaginar outra pessoa em seu lugar. Completamente eterno!

Aaron Paul (da série "Westworld") foi o contraponto perfeito do Bryan Cranston. Paul soube incorporar a figura do Jesse Pinkman exatamente da forma como o roteiro precisava e pedia. Pinkman era aquele parceiro problemático, descontrolado, impulsivo, que metia os pés pelas mãos, que tomava decisões erradas, se mostrando completamente ao inverso do Sr. White. Acho que é por isso que essa dupla improvável deu tão certo dentro da série. Na minha opinião, a interpretação do Aaron Paul casou perfeitamente com o Jesse Pinkman.

Anna Gunn (da série "Shades of Blue") é uma personagem um tanto quanto improvável. Skyler White é a personificação da esposa que vive dentro do seu mundo, presa na sua bolha, que não enxerga um palmo na frente do seu nariz. Quando ela descobre a doença do marido ela quer correr contra o tempo, tomando muita das vezes até decisões precipitadas sem o consultar. Achei uma atuação muito boa da Anna Gunn, bastante condizente com uma personagem que se mostra bem resistente no que deseja.

Dean Norris (do clássico "O Vingador do Futuro", de 1990) é o agente da DEA, Hank. É muito interessante o propósito do Hank dentro da série, até por ele ser o inverso do Sr. White (ou não). Era como estar no terreno do inimigo sem perceber.
Já a Betsy Brandt (da série "Only Murders in the Building") faz o papel daquela irmã bem peculiar, que a gente confia desconfiando, que morde e assopra. A cleptomaníaca Marie é uma figura bem inusitada dentro da série.
RJ Mitte ("Banho de Sangue", de 2018) tem paralisia cerebral na vida real, embora a sua seja uma forma mais branda, que o possibilita de atuar. Walter Jr é aquele filho sempre preocupado com o pai, principalmente após descobrir da existência da sua doença, o que o deixa bem revoltado com a situação.

A primeira temporada de "Breaking Bad" recebeu inúmeros prêmios e indicações, incluindo quatro indicações ao Emmy Award e vencendo em duas categorias. Bryan Cranston venceu como melhor ator de série dramática e Lynne Willingham ganhou como melhor edição de série dramática. Vince Gilligan foi indicado ao melhor diretor de série dramática pelo episódio piloto e John Toll foi indicado ao prêmio de melhor cinematografia para séries de até uma hora pelo episódio piloto. Cranston também ganhou o Satellite Award como melhor ator em série dramática. A série também foi indicada como Melhor Novo Programa do Ano (TCA Awards). A série também ganhou três indicações ao Writers Guild of America Award, vencendo uma categoria. Ela foi indicada como melhor série, Patty Lin foi indicada ao Melhor Episódio Dramático por "Gray Matter" e Vince Gilligan venceu como melhor Episódio Dramático pelo episódio piloto.

Tecnicamente a série também é impecável!
Temos uma excelente trilha sonora de Dave Porter, que além das suas composições a série também usa músicas de outros artistas. A cinematografia é muito bem trabalhada. O mesmo vale para a direção de arte, que soube regrar cada detalhe com bastante atenção de acordo com o padrão da série. Sem falar na montagem, edição, mixagem de som e direção de cada episódio, tudo completamente perfeito, sem uma falha. Realmente é um absurdo o que esta série entrega até em questões técnicas e artísticas.

A primeira temporada de "Breaking Bad" foi o pé na porta, foi a entrada triunfal, foi o início desse fenômeno mundial, dessa aclamadíssima série, que por sinal é merecidíssima de todos os elogios e reconhecimentos possíveis. "Breaking Bad" é a nossa verdadeira droga, a nossa verdadeira dependência química, pois temos aqui toda a magnitude dessa obra em nos apresentar uma primeira temporada com um roteiro inteligente, muito bem escrito, muito bem trabalhado, muito bem pensado, que nos confronta com uma história que podemos nos identificar, onde temos situações que misturam realidades com situações bem extremas. Genial!

É muito difícil você encontrar aquela obra perfeita, aquela obra irretocável, aquela obra primorosa, aquela obra peculiar, e "Breaking Bad" é esta obra perfeita, é esta obra triunfal, é esta obra impactante, é esta obra magnífica.
Aquela verdadeira obra-prima das séries!
Top 1 na minha lista de melhores séries de todos os tempos!
Sem mais! [11/06/2023]
⭐⭐⭐⭐⭐

Ricardo L.
Ricardo L.

61.811 seguidores 2.941 críticas Seguir usuário

Crítica da 1 temporada
4,5
Enviada em 20 de dezembro de 2019
Ótima temporada! Aqui se inicia a trajetória de maior sucesso da tv! Bryan Crastom está incrível, não existe outro ator pra fazer esse papal com tanta maestria como ele, restante do elenco todos estão muito bem, destaque para o roteiro de 1° qualidade e excelente direção, ressalvas apenas para os poucos epsodios que nos deixa com gostinho de quero mais. Já na expectativa para 2° temporada.
Ricardo L.
Ricardo L.

61.811 seguidores 2.941 críticas Seguir usuário

Crítica da 4 temporada
5,0
Enviada em 28 de fevereiro de 2020
4° temporada muito boa! repete o sucesso da ultima, com grandes cenas e diálogos inesquecíveis! elenco está maravilhosamente bem, ando ao telespectador a veracidade dos fatos. que venha a 5°.
Ricardo L.
Ricardo L.

61.811 seguidores 2.941 críticas Seguir usuário

Crítica da 5 temporada
5,0
Enviada em 28 de fevereiro de 2020
Aqui fecha uma das melhores séries de todos os tempos! Um roteiro impecável, com atuações espetaculares, falar dessa série é fácil e até repetitivo, pois já citei nas temporadas anteriores. Breaking Bad é sim uma obra prima.
Ricardo L.
Ricardo L.

61.811 seguidores 2.941 críticas Seguir usuário

Crítica da 3 temporada
5,0
Enviada em 27 de janeiro de 2020
Obra prima! Terceira temporada perfeita em tudo, diálogos bem colocados, trilha sonora pesada e ação de primeira. Parte técnica exemplar e atuações incríveis de todo os elenco. Muito ansioso pela 4° Temporada.
Sidney  M.
Sidney M.

29.234 seguidores 1.082 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 10 de maio de 2018
Meu perfil é de assistir mais filmes, são pouquíssimas séries que acompanho. Comecei a assistir Breaking Bad por acaso, e olha meus amigos, que série foda, animal em todos os sentidos. Todas as temporadas, sem exceção, são de arrepiar e de surpreender. Sem me alongar muito, amei essa série, e o final dela é emocionante, mas tinha que acabar, e falando nisso, que final. Uma verdadeira obra prima.
Vitor Araujo
Vitor Araujo

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Crítica da série
5,0
Enviada em 15 de fevereiro de 2017
Câncer. Drogas. Química. Envolvente. Família. Desconfiança. Iniciativa. Dinheiro. Metanfetamina. Muito bom.
Luana O.
Luana O.

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Crítica da 1 temporada
4,5
Enviada em 24 de novembro de 2020
Revendo, depois de anos. Hoje tenho uma visão diferente dessa primeira temporada. É muito objetivo e analítico. A trilha sonora me atrai, assim como a fotografia. Perfeito a química entre os personagens, mas o ranço pela personagem da Skyler permanece.
Luana O.
Luana O.

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Crítica da 2 temporada
4,0
Enviada em 1 de janeiro de 2021
Continua tão boa, quando a última temporada. Aqui a gente já percebe a evolução de alguns personagens, e a entrada de outros, excelentes. A história poderia ser um pouco mais dinâmica, mas mesmo assim, não perde seu brilho. Continuo achando a Skyler e a irmã dela, duas personagens chatas demais, chega a ser inável.
Luana O.
Luana O.

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Crítica da 3 temporada
4,0
Enviada em 1 de janeiro de 2021
Essa temporada está melhor que a anterior. Houve uma evolução no personagem do Walter, e a entrada do Gus na série, deu levou a outro patamar. A fotografia é um dos.pontos fortes também. Continuo não ando Skyler e a irmã, são personagens intragáveis.
Luana O.
Luana O.

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Crítica da 5 temporada
5,0
Enviada em 17 de janeiro de 2021
Esse final fez jus a série, e essa temporada foi excelente. Roteiro, direção, fotografia, atores, tudo perfeito. Não é a toa que a série é um sucesso. Cada angulo e enquadramento de cena, que parece uma pintura.
Luana O.
Luana O.

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Crítica da 4 temporada
5,0
Enviada em 13 de janeiro de 2021
Melhor temporadas de todas. Roteiro foi perfeito, e a evolução dos personagens foi o ponto forte. A fotografia dessa série é sensacional, é cada enquadramento, iluminação, tudo fica perfeito. Gostei mais da Skyler nessa temporada.
Carlos P.
Carlos P.

246 seguidores 394 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 17 de agosto de 2022
Até o momento não vi história melhor que a contada nesse universo Breaking Bad + El Camino + Better Call Saul.
É um ciclo curioso que acontece com essa série. As pessoas ficam te recomendando Breaking Bad o tempo todo, dizendo que é a melhor série de todas, aí você fica com raiva de Breaking Bad, aí decide assistir. No começo não é tão bom, mas dizem: espere até a segunda temporada. Você espera a 2° temporada...e fica até o fim. Aí você começa a falar para seus amigos verem Breaking Bad e esperarem até a 2° temporada, que é a melhor série de todas.
Uma frase de Walter White no primeiro capítulo já desvenda a série: "Química é a arte da transformação". Assim como em Better Call Saul vimos a transformação de Jimmy em Saul, aqui vemos Walt se transformar em Heisenberg.
Em alguns momentos a série tem um ritmo lento sim, mas é porque é tudo bem planejado para um final excepcional, diferente de outras séries que alcançam o pico no meio e depois não sabem mais o que fazer.
A riqueza dos detalhes, o trabalho na personalidade dos personagens, o equilibrio na relação entre Jesse e Walt, tudo é muito bem executado. Beira a perfeição.
E, quando terminou a 4° temporada, onde se esperava que não teria mais como tirar leite de pedra, o autor consegue se reinventar e fazer uma 5° ainda mais impressionante. É genial, do inicio ao fim.
moreiraum
moreiraum

26 seguidores 32 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 12 de março de 2015
A série mais bem feita que já vi!
Toda a história desencadeada da forma que foi, e a atuação fantástica dos atores, fazem dessa série a melhor!
Destaque para o Hank furioso depois que descobre quem é Heisenberg