Começo com duas perguntas. Na vida real, todos os vilãos se dão mal? E quem é bonzinho sempre se dá bem? Cabe a reflexão.
O roteiro do longa-metragem não é ótimo, mas também não é horrível como muitos estão dizendo. Muito do que acontece poderia sim ser mais explicado, principalmente sobre a motivação do protagonista, mas talvez essa não era a intenção dos roteiristas.
O cara não poderia ser simplesmente egocêntrico e manipulador? Como muitas pessoas são?
O final do filme criou ranço e ódio em boa parte dos espectadores. Não é um final desconexo, mentiroso, e sem sentido, como muitos filmes têm. As pessoas estão bravas simplesmente porque queriam um final mais conto de fadas. Se gerar isso nelas foi a intenção do diretor (Gustavo Hernández), ele acertou em cheio.
A atuação de Javier Gutiérrez é convincente, se encaixando bem com a personalidade do protagonista, um homem frustrado que por pura inveja teve seu lado obsessivo e sociopata despertado. Lamentavelmente, existem pessoas assim na vida real.
Se você quer ver até onde um ser humano pode chegar por sua ganância, você não vai assistir a uma obra prima, mas que a longe das criticas negativas — as quais são mais gostos pessoais do que uma realidade.